Orfeu e o filho do homem - Jung
- Túlio César
- 2 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
Eu não me aprofundarei muito neste capítulo, de forma a não fazer complexas associações de dois mitos que pouco conheço: o de Orfeu e Cristo.
Jung tampouco exploraria assimilações adicionais pois este livro introdutório (O homem e seus símbolos) é feito para o leitor médio. Mas, considerando que meu entendimento sobre o capítulo foi mais que o suficiente, vou explaná-lo.
Entre Orfeu e Cristo haviam tantas semelhanças que fácilmente se confunde a origem de símbolos nos sonhos de quem é Cristão porém sua simbologia refere-se mais à Orfeu.
Orfeu era um menino iluminado, assim como Jesus, a diferença é que ele era cantor e costumava dominar a natureza fazendo com que rios corressem em sua direção, leões se ajoelhavam sob os seus pés, assim como as ovelhas, ventos e chuvas paravam e plantas e pedras o seguiam, enfim, um símbolo de entrega à natureza. O mito do semi-deus Orfeu carregava características do mito dionisíaco, onde em seus rituais, os sujeitos ficavam nus e eram embebedados com vinho e imersos na natureza, vivendo uma erótica experiência da fertilidade.
O Cristo também nascera iluminado (o messias prometido) e fez milagres de cura, porém ao invés de ser a natureza (Mãe) o espaço onde lidavam as transcendentes experiências, era o reino celestial do céu (pai).
Inumeras experiencias de sonhos onde há transcendência na natureza e com este tipo de energia é tido por cristãos em suas noites e isso mais que evidencia como estes mitos estão ligados e se repetem.
Nos dias de hoje (século XX) é comum haver atritos entre essas duas visões primordiais deste arquétipo primitivo. Enquanto um acredita em renascimento ou reencarnação na Terra, o outro acredita na ressurreição, uma vida no reino celeste
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