O arquétipo segundo Jung

O arquétipo, diferencialmente dos símbolos, surgem em forma de imagem ou situação expressa ao qual se nota um "contexto" de origem primitiva, milenar, antiga ou atual, onde não se observa um significado imediato ou simbólico. Em termos substanciais, têm origem numa rede complexa de vivências instintivas e irracionais da humanidade.

É como se fosse o instinto da abelha, que mesmo sem conhecer seus pais, sabe fazer a "dança da orientação" para localizar o polém do qual é produzido o mel. Confirma-se assim, que o arquétipo está presente em todo homem do leste ao oeste.

Assim é o arquétipo no ser humano, meio difíci de ser entendido.

Pode vir em formas complexas e distorcidas de elementos sociais ao qual o ser humano se deparou, como a presença da santa ceia no sonho, anjos abençoando pessoas no inferno e uma festa pagã no céu (indicando uma possível relatividade moral), orientações cardinais com cabeças de boi em cada hemisfério, Deus envolto na pele do diabo, um homem confundindo sua mulher com sua própria casa.

A verdade é que os arquétipos têm várias formas e significações, aparecem para todas as pessoas desde tempos imemoriais. Às vezes o contexto é tão complexo que é decessário descartá-lo de uma análise. Até que alguma vivência ou experiência do cliente venha à trazer uma possibilidade de interpretação.

Jung, em outro capítulo, revela que o arquétipo é composto de imagem e emoção. Se destituídos de qualquer um destes elementos, este não é reconhecido como tal. Pois perde-se a numinosidade (caracteristica divina, primitiva) ao qual todo arquétipo se compõe.