O introvertido e o extrovertido segundo a Concepção Junguiana - Os tipos psicológicos
- Túlio César
- 23 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Jung cita por diversas vezes que para analisar os sonhos de qualquer indivíduo, é necessário um conhecimento prévio de sua história psíquica, sociocultural, física, médica, profissional, etc.. Isso será feito a partir da primeira sessão e nos primeiros encontros é necessário formar uma empatia e favorecer o bem-estar dele, fornecendo impressões positivas sobre ele até que o processo se torne confiável o bastante para uma análise mais imersiva. Considera ele que cada caso é um caso, e conforme aprofundemos nos sonhos, perceberemos que suas formas são diferentes, mesmo que suas intensões compensatórias sejam parecidas. Passando o lápis sobre isso, ele expõe os tipos psicológicos, o introvertido e o extrovertido. Vou detalhar o máximo possível esses tipos.
O perfil introvertido é encontrado em pessoas cujo o olhar é "pra dentro". Se inspecionam, se julgam, se autocriticam e se auto-avaliam. Podendo ser mais retraídos e passíveis que os extrovertidos, geralmente odeiam seguir modas. Já o extrovertido, seu olhar é pra fora, está sempre com a maioria, pensa e fala rápido, fala com o público, é mais ativo e desinibido que o introvertido.
Os dois tipos não se desenvolvem muito bem juntos, geralmente iniciam intrigas. O extrovertido costuma desafiar o introvertido em um debate e encurrala-o. O introvertido pensa: "Como esse cara é absurdo", "Como ele é arrogante", "Nem pensa pra falar". E acaba por não se sair bem na discussão. O extrovertido expõe suas idéias com mais clareza e convicção, o introvertido pode se embaraçar em abstrações complexas e não menos inteligentes.
Os dois seguiriam lado a lado em plena harmonia caso estivessem em um tempo primitivo, onde imperaria o conhecimento irracional. Já que estamos em um período racionalista, debates e confrontos verbais acontecem naturalmente, principalmente entre dois indivíduos.
Há casos como Gandhi, onde há a presença do introvertido (espiritualizado) e extrovertido (lider espiritual). E no caso de uma multidão, qualquer tentativa de reconhecimento do tipo psicológico individual será uma suposição genérica.
Um tipo não desmerece o outro. Ambos são potencialmente necessários. Jung porém, não quiz fazer destes conceitos dogmas. E formulou outra ferramenta que se refere à características das personalidades dos indivíduos: a bússola da psiquê. A qual discutiremos no próximo post.
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