O "novo Jung" e a autocompensação da minha esquisofrênia
- Túlio César
- 19 de mai. de 2019
- 1 min de leitura
Estou me propondo a reler O Homem e seus Símbolos de Carl G. Jung pela segunda vez e a certeza que tive é que ele faz um trabalho de desmistificação e desconstrução simbólica. O que achei maravilhoso. Pois na primeira experiência, eu juro que fiquei imerso à um mar de símbolos que não me levava à lugar algum somente à uma espécie de "rota finita", onde "a chegada" me premiava com algo poderoso espiritualmente. Mas quando eu chegava no fim, o recomeço era certo, porém diferente. Ou seja me confundi e me iludi, fatalmente. Minhas crises psicóticas pioravam. Mas a partir deste segundo contato melhoraram e muito.
Se hoje, finalmente me considero um leitor médio, antes eu era mero iniciante, foi quando eu li pela primeira vez. Eu ficava vendo as imagens dos símbolos antes de olhar a legenda e não salientava que Jung estava me ensinando a vê-los com o olhar clínico, não me entranhar neles feito um místico aprendiz que se confunde e fica preso em uma teia de místificações. Já dizia um amigo meu "a primeira experiência é sempre enganatória". Isto se provou ser verdade. Fica a dica turma.
Jung diz em um de seus capítulos que os esquisofrênicos têm uma tendência absurda de se auto-estimar ou mania de grandeza, podendo este, obter sonhos confusos simbólicamente e a autocompensação será mais difícil. Mais um motivo para eu me policiar e dizer que estou contornando a situação da esquisofrênia através da psícologia analítica de Carl G. Jung.
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